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Vacinas: a dança, a guerra e a expectativa


style="width: 100%;" data-filename="retriever">Leigo em ciências da saúde, apenas "paciente" e usuário habitual dos serviços, faço comentários como cidadão e sem pretensões técnicas. Conheci vacinas na década de 1950 na escola por onde passava um veículo vacinando alunos com as poucas possibilidades da época. Ao longo da vida vi a vacina até erradicar enfermidades comuns. Agora, idoso, sou usuário regular da vacina da gripe, anual, e do tétano, decenal, disponíveis no posto público de saúde.

Quando o mundo foi assolado pela pandemia da Covid 19 especialistas alertaram que somente uma vacina poderia conter a propagação do vírus e a mortandade consequente. Irrompeu corrida em busca de tal solução, com pulverização de iniciativas, concorrência entre nações e empresas. investimentos bilionários. Nunca, para alguma doença, foram pesquisadas e produzidas tantas diferentes vacinas, em tão pouco tempo e com tão diversificadas rotas tecnológicas. A história debruçar-se-á sobre este tempo atípico, o esforço de guerra de cientistas, governos, instituições e os resultados que forem alcançados.

Criou-se ansiedade e disputa pelas vacinas. Já temos algumas sendo aplicadas, em geral com autorizações emergenciais de órgãos reguladores. O leigo atormenta-se com a gama de informações e detalhes técnicos de pesquisas e eficácia de cada uma delas. Fábricas buscam alcançar volumes de muitos milhões de doses. Todavia, estamos distantes de ter disponíveis as quantidades necessárias para barrar a pandemia. Salvo em raras nações pouco populosas (Israel é um exemplo), efeitos ainda não podem ser notados. Ao mesmo tempo em que temos vacinas habilitadas e incipientes processos de vacinação, a pandemia mostra repique preocupante nos números de novas infecções e óbitos, em alguns lugares semelhantes aos do pico no ano passado.

O nosso país, sem planejamento prévio, corre para apagar incêndios: falta de respiradouro, de leitos de UTIS, de oxigênio etc. Deu mais atenção para a lambança dos supostos remédios precoces do que para se garantir na guerra das vacinas. Não investiu pesado em vacina própria, cientistas e instituições capazes possui, minguaram os recursos para os que arriscaram projetos a respeito. Mas, também não apostou fundo nas alternativas externas. Titubeou até por preconceitos ideológicos. Resultado: num cenário de ainda escassez de doses, estamos atrás nas filas e levaremos bastante tempo para vacinação em massa. Esta semana penávamos para alcançar dois por cento de brasileiros vacinados: profissionais da saúde, parcela de idosos, índios e quilombolas. Em dois ou três meses o máximo que conseguiremos é proteger nossos abnegados agentes de saúde que atuam no atendimento e proporcionar a uma parte dos avôs abraçarem filhos e netos. Importante? Sim e muito. Mas, insuficiente como Nação e para conter a pandemia. Cada cidadão siga se protegendo cuidadosamente até que tenha no braço duas agulhadas com dose de vacina

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